Integralismo e História

Como muito apropriadamente sentenciou o Historiógrafo e nosso Companheiro, o Prof. Pimentel da Silva, "estamos cansados desses marxistas travestidos de Historiadores". Assim, a finalidade deste Blog é colocar a disposição do Povo Brasileiro a verdadeira História do Movimento Integralista, inclusive, com a fiel transcrição de Documentos Integralistas, quase sempre sonegados ou reproduzidos parcialmente ou adulterados cinicamente pelos pseudo-Historiadores. Além disso, aqui também serão expostos a Filosofia e o Método Integralistas da História. E, ainda, publicar-se-ão relatos sobre a História do Brasil e do Mundo, de Autores Integralistas.
Pelo Bem do Brasil!
Anauê!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Quarto Congresso Nacional do Integralismo


As inscrições para o IV Congresso Nacional já estão abertas, para participar do evento realize sua inscrição através do formulário disponível no link abaixo: 


Participem!

Pelo Bem do Brasil!
Anauê!

domingo, 2 de outubro de 2011

O Integralismo e o Hitlerismo na Colônia


Companheiros.

A seguir transcrevo na íntegra “O Integralismo e o Hitlerismo na Colônia”, um documento de real valor histórico, pois, revela as verdadeiras relações entre o Integralismo e o n.-socialismo.

Pelo Bem do Brasil!

Anauê!

Sérgio de Vasconcellos.

O Integralismo e o Hitlerismo na Colônia

Mario F. de Medeiros

A “COLÔNIA” ALEMÃ

Que é a “colônia” alemã?

Milhares de homens, atirados dentro do país, conhecendo o governo somente através das eleições, tempo em que fornecem os votos necessários para a defesa das oligarquias políticas, e conhecendo o governo, mais uma vez, na época de arrecadação dos impostos, falando um dialeto esquisito, que não é português, e, também, não é alemão, vivendo uma vida completamente à parte do povo brasileiro, com imprensa própria, com uma grande série de costumes particulares, a “colônia” de origem alemã, do sul do Brasil, chama a atenção dos mais curiosos observadores dos fatos sociais.

CONSCIÊNCIA DE NACIONALIDADE

Fato impossível de negar é o rigor com que os velhos “colonos” defendem a consciência de nacionalidade alemã, dos seus remotos ascendentes germânicos.

Lado a lado com ele, lutando contra ele, combatendo-o, opondo-se à sua ação dispersiva, outro acontecimento prende a curiosidade dos mais atenciosos observadores.

Existe uma forte corrente de indivíduos que residem no seio da “colônia” e que, no entanto, consideram-se brasileiros.

Dentro da “colônia” pois, encontramos duas mentalidades em choque: a dos “colonos” que se julgam alemães, e a dos “colonos” que somente amam o Brasil.

Os velhos “colonos” não podem concordar com as novas tentativas das gerações que lhes vão sucedendo. Por sua vez, os “colonos” brasileiros não admitem que os chamem de alemães. Eis a grande luta que deflagra em todos os setores de vida da zona colonial alemã. Basta que se diga que esta luta foi levada ao próprio seio da Igreja Protestante Alemã e que, em razão dela, o pastor Seifert fundou uma Igreja Brasileira, para combater as tendências germanizantes do grêmio religioso a que ela pertencia.

INTEGRALISMO E HITLERISMO

Penetrando o ambiente colonial, o Integralismo foi conquistando, rapidamente, o coração e a Inteligência de todos aqueles que se julgavam brasileiros, enquanto a propaganda racista do hitlerismo apaixonava os velhos colonos que se diziam alemães.

Eis, porque, homens como o Dr. Wolfram Metzleer vêm no hitlerismo, um dos maiores inimigos do movimento integralista, dentro da zona colonial.

Tudo acontece bem ao contrario do que espalham as agencias telegráficas e os jornais que nos combatem. O Integralismo não encontra nenhum apoio no hitlerismo. Pelo contrario, é combatido por ele.

(Da “Revolução”)

Transcrito das págs. 57 e 58 da Revista “Panorama – Coletânea do Pensamento Novo” – São Paulo – Ano I – Julho de 1936 – Nº7 – 64 págs.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Herói e desbravador, João Ribeiro de Barros completaria 111 anos.


Jornal "A Offensiva", Nº 66,  17 de Agosto de 1935, Anno II - Pág.1
Jorge Figueira*

Muitas personalidades da história do Brasil tiveram a oportunidade de envergar a Camisa-Verde Integralista nos anos 30, porém, pouco é escrito sobre esses heróicos Integralistas, que acabaram tendo essa importante passagem política pelas fileiras Integralistas apagadas de suas biografias. Entre essas figuras impares está o aviador natural da cidade de Jaú – SP, João Ribeiro de Barros (1900 – 1947), que no mês de abril completaria 111 anos. 

Com um grupo de companheiros foi um dos principais desbravadores da travessia aérea do Atlântico Sul, ocorrida em 1927, a bordo do hidroavião Jahú. Sem financiamento do Governo Federal, que declarava a empreitada impossível, e enfrentando sabotadores, João Ribeiro de Barros se desfez dos seus próprios recursos pessoais e iniciou sua viajem sem escala na ilha de Santiago, Cabo Verde, pousando triunfante na enseada norte de Fernando de Noronha, Brasil. 
Nos anos 30, durante a Revolução Constitucionalista, participou como voluntário do conflito, doando todo o ouro que possuía, inclusive medalhas e troféus recebidas pelas suas façanhas como piloto para campanha “Doe Ouro para o bem de São Paulo”. Teve um dos seus aviões confiscado pelo Governo Federal, momentos antes de decolar, e foi preso pela policia política do ditador Getulio Vargas acusado de editar um jornal clandestino, logo foi posto em liberdade por falta de provas.

Mesmo realizando façanhas inéditas, sem nenhum tipo de apoio, João Ribeiro de Barroso conquistou títulos, prêmios e homenagens Nacionais e Internacionais, porém seu reconhecimento como Herói Nacional pelo Governo Federal só ocorreu na década de 70 quando foi finalmente foi erguido um monumento em sua homenagem no Município onde nasceu, sendo assim finalmente colocada em destaque sua figura no Panteon Nacional, lembrando para a população que não existem triunfos impossíveis.

* ∑ - Rio de Janeiro - RJ. Publicitário.

sábado, 19 de março de 2011

Trecho do Discurso de Posse do Companheiro Raymundo Padilha como Deputado Federal pelo Partido de Representação Popular, em 02 de Junho de 1952


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Aqui estamos para deliberar acerca de questões básicas de nosso destino histórico, no plano econômico, no plano social, na órbita política.
Será truísmo afirmar que uma crise sem precedentes abala as estruturas sociais de dois mundos, com as projeções inevitáveis sobre as próprias instituições políticas de cada povo.
Os homens de Estado se veem aturdidos com a proliferação de problemas que lhes eram completamente estranhos até 1914. Sociólogos, economistas, filósofos da história buscam ansiosamente a interpretação desses gigantescos sucessos, semelhantes a estratificações vulcânicas da era do átomo.
No caso brasileiro, o fenômeno de nosso extraordinário crescimento sociodemográfico, nesta última década, choca-se com a escandalosa demissão das elites, reduzidas em expressão numérica e qualitativa, sob o signo dos critérios tecnocráticos, erigidos em verdadeira ciência de governo. Um torpor generalizado, no plano da administração pública, interfere na vida nacional como fator inibitório de uma nova expansão do indivíduo.
Acima de tudo, um fato gravíssimo: a sistemática destruição da classe média, que é a força atuante na composição do equilíbrio social. Com ela engrossa-se o proletariado, enquanto na outra margem instalam as suas cabeças de ponte os seres privilegiados. São os dois extremismos que se defrontam inconciliáveis, como prelúdio inelutável de uma tempestade que pretende nada menos que tudo engolfar na sua eclosão ciclópica.
Contudo, acreditamos fervorosamente na força das ideias morais que refizeram uma civilização e a consolidaram em vinte séculos de Cristianismo.
De todos eles é o nosso, parece-nos, o mais enfermo e, por isto mesmo, merecedor da boa vontade dos homens, sobretudo da boa vontade dos homens públicos.
A obra do estadista reveste-se, assim, de uma importância singular. Nela se exteriorizam as virtuosidades máximas do homem e as aquisições mais nobres da cultura. (...).
(Trecho transcrito do Volume 46 da Série "Perfis Parlamentares", páginas 62 e 630.)
- Raimundo Delmiriano Padilha (1899/1988). Escritor, jornalista, economista, político.  Líder Integralista num dos momentos mais terríveis da História do Movimento, durante o “Tempo das Catacumbas(1937/1945), quando o Chefe Nacional Plínio Salgado estava exilado, bem como outros Companheiros, e enquanto milhares de Integralistas lotavam as cadeias do totalitário Estado Novo, e os que não se encontravam presos, eram alvo de vexames e perseguições. Foi o Chefe Padilha que nos conduziu naqueles perigosos anos em que o Movimento teve que viver na clandestinidade. Inclusive, perdendo uma importantíssima função na Direção do Banco do Brasil, pelo grave crime de ser Integralista, e colocar os interesses do Povo Brasileiro acima dos interesses do Ditador Getúlio Dornelles Vargas.

IMPORTANTE! Os que desejarem conhecer mais sobre o P.R.P., devem visitar o Blog "História do Partido de Representação Popular".

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Trechos de uma Carta


Plínio Salgado
Em 24 de abril de 1934

Respondo às suas perguntas:

NACIONALISMO E INTERNACIONALISMO

Somos nacionalistas, não somos jacobinistas. Aceitamos idéias universais, repudiamos o cosmopolitismo. Desejamos, no futuro (quando as autoridades nacionais estiverem recompostas) um internacionalismo de Pátrias; renegamos o internacionalismo de indivíduos. As crises atuais (superprodução, os sem trabalho, a insolvabilidade das nações, a luta de classes) têm como causa a crise de autoridade dos governos; a "soberania nacional" é meramente política: A soberania financeira pertence aos banqueiros, ao super-capitalismo. Por conseqüência, a primeira etapa das nações será o nacionalismo que fortalece a autoridade. Nacionalismo compreende todas as forças vivas e atuantes do país. A propaganda Integralista deve, portanto, ser feita no seio das colônias estrangeiras, sem, contudo, se permitir que estrangeiros tenham preponderância no movimento.

Não sustentamos preconceitos de raça; pelo contrário, afirmamos ser o povo e a raça brasileiros tão superiores como quaisquer outros. Em relação ao judeu, não nutrimos contra essa raça nenhuma prevenção. Tanto que desejamos vê-la em pé de igualdade com as demais raças, isto é, misturando-se, pelo casamento, com os cristãos. Como estes não são intransigentes nesse sentido, desejamos que tal inferioridade não subsista nos judeus porque uma raça inteligente não deve continuar a manter preconceitos bárbaros.

RAÇAS E CAPITALISMO

Quanto ao capitalismo judeu, na realidade, ele não existe como tal. O que se dá é apenas uma coincidência: Mais de 60% do agiotarismo internacional está nas mãos israelitas. Isso não quer dizer que sejam eles os responsáveis exclusivos pelas desgraças atuais do mundo. Com o advento do Estado Integralista, por conseguinte a queda da Economia Liberal, o ritmo econômico se altera completamente, passando os governos a exercer controle sobre os fenômenos da produção, da circulação, do consumo e sobre as atividades técnicas e do trabalho. O capitalismo internacional será uma reminiscência de museu. Tornando-se o mundo todo Integralista, a humanidade ficará livre da ditadura das Bolsas e dos aparelhamentos particulares de crédito. A unidade da moeda restituirá a soberania financeira dos povos. O intermediário será um objeto arqueológico. Os conflitos sociais, livres da fatalidade da concorrência internacional que altera o preço dos salários, terão quase solução automática, fortalecendo-se, dess’arte, o prestigio das magistraturas do trabalho. Nessas condições, não podemos querer hoje mal ao judeu, pelo fato de ser o principal detentor do ouro, portanto principal responsável pela balburdia econômico-financeira que atormenta os povos, especialmente os semi-coloniais como nós, da América do Sul. O judeu capitalista é igual a um cristão-capitalista: Sinais de uma época de democracia-liberal. Ambos, não terão mais razão de ser porque a humanidade se libertará da escravidão dos juros e do latrocínio do jogo das Bolsas e das manobras banqueiristas. A animosidade contra os judeus é, além do mais, anticristã e, como tal, até condenada pelo próprio catolicismo. A guerra que se fez a essa raça, na Alemanha, foi, nos seus exageros, inspirada pelo paganismo e pelo preconceito de raça. O problema do mundo é ético e não étnico.

VERDADES HISTORICAS

E já que falamos em ética, focalizo um tópico de sua carta relativo ao "poderio comercial e financeiro do grande povo holandês" em outros tempos. Realmente, no alvorecer do individualismo econômico e da internacionalização do comércio, houve aquele poderio da Holanda, mas não do "povo holandês". Recentemente esse poderio pertenceu ao capitalismo instalado na Inglaterra, mas a miséria do povo inglês foi concomitante. Os movimentos trabalhistas na Inglaterra provam isso; a fixação de Marx e Engels em Londres demonstrou que a opressão do povo criava um clima para as revoltas sociais. O esplendor da City e da Wall-Street não significaram o poder de britânicos e americanos: Miseráveis dormiam nos bancos das Avenidas e a crise dos "sem trabalho" não é uma expressão de poderio. O capitalismo não tem Pátria. Ele se instala onde melhor lhe convém num momento histórico. A sua política é super-nacional porque exprime os interesses fora do âmbito do Estado.

SOLUÇÕES INTEGRALISTAS

Tudo isso vem confirmar o que disse atrás: Criado o Estado Integral, já não interessará a canalização de capitais porque a Economia não será mais regida por um conceito estático, que é o da moeda, transformada em mercadoria, porém pelo conceito dinâmico da produção. As possibilidades da produção e a honra dos governos serão, quando o mundo todo for Integralista, verdadeiros lastros do dinheiro, transformado por um novo sentido de economia, executando seu legitimo papel de agente intermediário, e não mais em algoz do gênero humano, em opressor das nacionalidades, como o Brasil, preso, ha cem anos, na gaveta de Rotschild. No integralismo, o judeu se apaziguará com os outros povos. Raiará uma época de verdadeira fraternidade. O longo fadário, a angustia do israelita cessarão. Esse povo poderá até ter o direito de construir a sua própria nação, entregando-se aos trabalhos do campo e das fabricas, cooperando com sua grande inteligência para a civilização, livre agora das desconfianças que desperta e em que vive, o que o leva a isolar-se e a enquistar-se nas pátrias alheias. Não podemos odiar uma raça da qual saiu Jesus Cristo. Veja, pois, que o nosso ponto de vista é superior a respeito dos problemas. Não combatemos nem raças nem classes: Insurgimo-nos contra uma civilização.

PACIFISMO

Somos pacifistas. Queremos a união de todas as nações sul-americanas porque nossos problemas, nossa escravidão são idênticas. Denunciamos, porém, à Nação uma certa Liga Anti-Guerreira, que é comunista. O pacifismo pregado pela III Internacional está em desacordo: 1º) - com os métodos de violência preconizados por Sorél e adotado pelo bolchevismo; 2º) - com o formidável exército vermelho que escraviza os proletários e os camponeses na Rússia; 3º) - com as guerras ateadas na China pelos agentes de Moscou. - Cumpre notar: Não confundir o nosso pacifismo com passivismo".

PLINIO SALGADO ("Panorama" - Ano I - Abril e Maio de 1936 - Nº 4 e 5 - págs. 3, 4 e 5.)

RESISTINDO ÀS ONDAS.

 Ítalo Dal'Mas*

Ao comentar o livro "O Ritmo da História", de Plínio Salgado, Gumercindo Rocha Dórea alertou os brasileiros sobre a existência de boicote covarde e pusilânime contra a obra do grande pensador. Historiadores conscientes da censura ideológica ao pensamento político doutrinário do escritor perguntam: que espécie de cultura brasileira é essa que persegue os gênios condenando-os ao silêncio?

Para o mal do Brasil, entretanto, continua a faina difamatória contra o fundador da Ação Integralista Brasileira. Renato Alencar Dotta, mestrado em história pela USP e historiador do Museu Barão de Mauá, na revista Raízes (nº 27 p 42), em "Fragmentos de uma história esquecida: o integralismo no ABC", com base em notícias de jornais, memórias esparsas e testemunhos inquinados de vícios, declara que a doutrina integralista possuía caráter autoritário (p.42), que os galinhas-verdes e as crianças usavam símbolos ou indumentária fascista e que em 11 de maio de 1938 os integralistas assaltaram a residência de Getúlio Vargas à mão armada. As narrativas históricas do emérito professor, todavia, como confessa, não são analíticas, mas meramente factuais e revelam completo desconhecimento da doutrina pliniana.

Porquanto:
1º) Plínio Salgado sustentava o Estado Integral de natureza ética. O Estado Integral defende a integridade da pessoa humana e o livre arbítrio do cidadão. Combate toda forma de totalitarismo, nazismo, fascismo ou comunismo. Admite a ordem, princípio de coesão e de autoridade. Ordem não como obediência incondicional. Ordem necessária à liberdade e à segurança. Da ordem deriva a hierarquia que não representa obstáculo à democracia, nem é forma de totalitarismo. Hierarquia é visão da totalidade, visão que evita os conflitos entre moralidade e dever. Totalidade nada tem a ver com totalitarismo, que significa a deturpação política e indica o monopólio do poder diverso do termo totalista de natureza cristã, oposto às ditaduras do espírito.

2º) Para melhor apreensão de sua doutrina, Plínio Salgado, usando a linguagem simbólica da época, manifestou sua doutrina através dos símbolos: bandeira em campo azul com círculo branco e dentro deste a letra grega sigma. Os símbolos, aliás, falam mais que as palavras e os conceitos. Possibilitam apreensão imediata e intuitiva das idéias. Os jovens e as crianças, para manifestar seus desejos e suas aspirações, adotam a simbologia, uma forma de conhecimento para indicar os vôos da esperança e dos sonhos intensamente vividos. Os símbolos não podem ser reduzidos a meras ostentações bélicas, o que é indesculpável leviandade.

3º) O assalto ao Palácio do Governo de Getúlio Vargas, em 11 de maio de 1938, não foi atentado Integralista. Trata-se de versão típica da vulgata comunista. A realidade histórica é a seguinte: após o fechamento dos partidos, Plínio Salgado procurou entendimentos com outros políticos para restaurar a democracia no Brasil. Civis e militares apressados resolveram, por conta própria, atacar o Palácio Guanabara. Os principais articuladores foram Euclides Figueiredo, Octávio Mangabeira, Flores da Cunha, auxiliados pelo comunista Tenente Severo Fournier, segundo Sobral Pinto (Pedro Calmon, “Miguel Calmon - Uma Grande Vida" - José Olímpio Editora / Pró-Memória - 1983, p.170).

Não obstante o boicote e deturpação do pensamento, Plínio Salgado permanece como gigantesca rocha, resistindo às ondas da covardia e alienação.
(Publicado na “Tribuna do ABCD”. Ano XII - Nº 538 de 26 de Julho de 2003 - Net. 57 - Diretor Editor Responsável: Antonio Julio Pedroso de Moraes)

* Σ - Jurista e Historiador – São Caetano do Sul - SP.

Mas, podem existir outras Ondas, que, pulverizando uma civilização fossilizada, formarão o Brasil Integral.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O que pensava Miguel Reale sobre Gustavo Barroso


Miguel Reale
“...era um companheiro admirável. Alto, de porte marcial, parecia ter nascido para comandante da milícia, a cujos desfiles assistia com olhos saudosos dos heróis que cultuara em suas pesquisas históricas, ostentando no peito as condecorações que o envaideciam. Quando, porém, se tinha a fortuna de conhecê-lo na intimidade, o que deparávamos diante de nós era um homem simples e afável, com muito do recato da vida sertaneja. Nas longas viagens pelo ITA, contava-nos eles casos e mais casos do Nordeste ou da Guanabara, com uma verve espontânea e aliciante, assim como gostava de referir-se aos estudos históricos que haviam desfeito falsas glórias das armas argentinas ou uruguaias, nas guerras platinas, restituindo valores devidos ao exército brasileiro. De um patriotismo exemplar, entrara para o Integralismo seduzido pelo ideal nacionalista, assim como pelo amor que dedicava aos valores da ordem e da hierarquia na luta contra o comunismo, que ele inseria no quadro de um combate universal à "conspiração judaica". Como me opunha a alguma de suas idéias, chamava-me de "judeuzinho", mas, no fundo, era um sentimental, incapaz de compartilhar com as futuras atrocidades de Hitler contra o povo israelita."

REALE, Miguel. Memórias: Destinos Cruzados. São Paulo: Saraiva, 1987. Pág. 99.