Integralismo e História

Como muito apropriadamente sentenciou o Historiógrafo e nosso Companheiro, o Prof. Pimentel da Silva, "estamos cansados desses marxistas travestidos de Historiadores". Assim, a finalidade deste Blog é colocar a disposição do Povo Brasileiro a verdadeira História do Movimento Integralista, inclusive, com a fiel transcrição de Documentos Integralistas, quase sempre sonegados ou reproduzidos parcialmente ou adulterados cinicamente pelos pseudo-Historiadores. Além disso, aqui também serão expostos a Filosofia e o Método Integralistas da História. E, ainda, publicar-se-ão relatos sobre a História do Brasil e do Mundo, de Autores Integralistas.
Pelo Bem do Brasil!
Anauê!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Carta de uma Mãe Brasileira (07/08/1953)

Explicação Necessária: A Companheira Aline Brandão compartilhou num Grupo de WhatsApp este belo Documento Histórico, que lhe inspirou um importante COMENTÁRIO. Resolvemos reproduzir aqui a Carta de uma Mãe para que alcance um número maior de leitores. 

“NOTA A PÁGINA 24: - “A Marcha” de 7-8-53, publicou, ao lado de resposta de Plínio Salgado a “Uma brasileira”, o seguinte:

“Carta a Plínio Salgado - Doloroso testemunho de uma mãe brasileira - Problemas sociais e morais de que depende a sobrevivência da Pátria - A resposta ao apelo de uma nobre mulher cristã”.

Entre a volumosa correspondência dirigida a este jornal, de todos os pontos do país, na qual se revela a angústia de nossos patrícios em face do panorama de decadência moral que nos oferece a sociedade contemporânea, chegou uma carta dirigida a Plínio Salgado, cujos artigos em nossas colunas bem abalando os corações de quantos ainda guardam, no íntimo do espírito, aquelas forças vitais que constituem a legítima esperança de salvação da nossa Pátria.

E uma carta que trás, como assinatura, apenas, estas palavras: “DE UMA BRASILEIRA”. Em estilo límpido e expressivo, expõe uma situação dolorosa e aflita e, e nas frases finais sugere uma ideia de grande alcance, a qual poderá ser o começo da ressureição nacional.

Em seu artigo Plínio Salgado respondeu a essa carta e dirigiu uma proclamação às mulheres do Brasil, no sentido de se pôr em prática a sugestão da distinta senhora que lhe dirigiu a impressionante e tocante missiva.

Com a devida licença do destinatário, publicamos abaixo a carta que nos referimos, a qual está concebida nos seguintes termos:
“Sr. Plínio Salgado

Tenho acompanhado toda sua obra de educação e levantamento moral do povo da nossa terra. A sua vida de apóstolo do bem tem sido compreendida por poucos, deturpada por muitos e incompreendida pela maioria.

Tinha que ser assim. Quem se levanta em nome da fé e em amor à Cruz de Cristo numa época de degradação e negação de tudo que é caro à alma cristã, terá que receber, como prêmio dos homens, o peso das injustiças, das calúnias e das incompreensões.

A sua persistência no caminho da verdade é a prova do seu valor como homem público e da sua predefinição para a maior obra educacional, cívica e moral do povo brasileiro.

Tenho acompanhado a sua obra tantas vezes interrompida e tantas vezes recomeçada com o mesmo entusiasmo e vigor.

Parece que dia a sua se torna menor o eco das suas pregações por falta de ressonância na alma nacional. É tão doloroso sentir isto, que só a força da fé nos dá alento para não cairmos no ceticismo negativo dos vencidos sem reação.

Não tenho capacidade para apresentar ao senhor, tudo aquilo que sinto diante do espetáculo da vida moderna. O meu mundo interior, fruto da observação diária do mundo exterior, é cheio de sobressaltos e tristezas.

Assisto atônita e aflita a derrocada completa de tudo que recebemos de nossos antepassados como sendo a razão da nossa existência humana e de uma vida digna - o temor a Deus, o respeito à tradição, o apego à família, a prática do bem e o amor à Pátria.

Sinto que caminhamos para o fim de tudo isto e sofro e penso o que será da vida do meu filho, criado no culto da verdade, e ouvi dos ensinamentos que ouvi, diante de um mundo ainda mais agnóstico e pervertido e pervertido do que esse que eu assisto o caminhar vertiginoso para a derrocada.

Sofro, vendo meu filho que em casa recebe o exemplo de um homem de bem que é seu pai, que vive, graças a Deus, num ambiente de respeito e amor, que ouve os ensinamentos de amor aos seus semelhantes, de respeito a tudo que nos é caro, de abnegação e devotamento à Pátria, encontrar, quando entrar na vida como cidadão, um mundo que não poderá compreender e uma sociedade que não saberá reconhecer como aquela para a qual foi educado e preparado.

Que será do meu filho?

Como educá-lo para não sofrer a crise moral dos inadaptados diante um mundo estranho a seus sentimentos e à sua formação?

Mostrar-lhe a perversão, os vícios de uma sociedade corrupta, o desamor a Deus e à Pátria, o desrespeito à família e a honra?

Despertar no seu espírito em formação a desilusão de ver fora do lar a negação de tudo que lhe é ministrado?

Incutir no seu espírito, despertando para a vida, para a luta, contra todo aquele que não agir, não pensar e não sentir como ele?

Tudo isto vive no meu mundo interior e sinto ânsias de lutar por uma renovação que venha restaurar o caráter, a honra, o respeito, a dignidade e a fé.

Lembrei-me então de lhe expor esses meus sobressaltos e dizer que milhares e milhares de mães nesse Brasil sentem e sofrem como eu.

O meu apelo é o apelo mudo de todas as mulheres que nas horas de meditação procuram vislumbrar o caminho a seguir para garantir os filhos um mundo melhor.

Com o seu poder de argumentação, com o seu valor de intelectual e grande tribuno, com sua capacidade de pregação, inicie a campanha pela recuperação do valor da mulher, conquistando o seu apoio na luta pela salvação da família e da Pátria.

Inicie, a pregação, despertando a mulher para a luta contra o mal; fale, estimule aquelas que já sentiram a necessidade da luta e não sabem como lutar; acorde com seu grito de alarme as que estão embotadas pelo clima de comodismo e indiferença; sacuda com a sua palavra enérgica as que não ouvirem seu grito. Fale muito, só o senhor poderá ainda conseguir alguma coisa.

É a mulher a chave da formação moral dos homens.

Fale às mulheres, já que os homens, na luta da competição, na voragem dos sentimentos inferiores, na degradação dos costumes, não ouvem e não querem ouvir a palavra do bem.

A mulher, mesmo aquela que já se contaminou com o micróbio materialista da vida moderna, é mais acessível que o homem, que se julga, principalmente quando no erro, o detentor de uma personalidade intangível.

Tenho acompanhado seus artigos n'A Marcha e fiquei pensando numa campanha de salvação da família, se procurarmos salvar a mulher da onda de vício que também que também a está arrastando para o caminho da deformação moral.

Milhares e milhares de mulheres, nesse Brasil, que um dia vestiram uma camisa verde, lhe acompanharão nessa jornada, e a sua pregação ecoará, ressoará com mais força nesses corações e depois tão intensa será essa vibração que o eco da sua voz ficará repetindo os seus ensinamentos até acordar a alma feminina para a maior obra que lhe estará reservada: a salvação da Família e da Pátria.

Não é possível só ter a capacidade de sofrer e não se ter a de reagir e construir.

Dê um crédito de confiança às mulheres do Brasil.

Que Deus o proteja e o inspire nessa campanha

De uma brasileira.”

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